Agora passamos da fase da birra, escândalo, gritaria ; para a fase do canibalismo.
O mau comportamento do Bryan está me deixando de cabelo em pé, e sabe aquela criança que não tem medo do cantinho da disciplina? Pois é, esse carinha é meu filho.
Acho que só a Jojo (super nanny), com aqueles óculos e status de: desobedece só para você ver, conseguiria fazer o Bryan ter respeito pelo cantinho da disciplina.
Ok, confesso que fui molenga e tals, e assim que ele esperneou no sofá (a príncipio escolhi o sofá como local de castigo) e começou a berrar eu parei de tentar explicar o porquê dele estar de castigo.
A traquinagem foi ele ter jogado o saco de leite ninho no chão, e pisado em cima até estourar, e espalhar leite por toda cozinha. Assim que vi a cena, peguei ele no colo, coloquei no sofá, e fui discursando sobre o quanto estava chateada por aquele "malportamento", e por isso ele ficaria de castigo (nem expliquei tempo, porque ele não ia entender mesmo). Assim que comecei a varrer o chão, lá vem ele com a carinha mais lavada do mundo falando: - Dicupa, dicupa mamãe. Fiz "méda", que virou seu mantra pós-fazer besteira.
Se fosse só isso, estaria tranquilo. Até porque eu tenho alta, extrema, super tolerância as bagunças que ele faz, e é preciso de muito para me tirar do sério. O problema é quando ele resolve questionar minha autoridade. Como quando ele está no quintal, e eu o chamo para entrar, e ele simplesmente olha para minha cara e ignora total minha ordem. E eu fico com cara de pateta falando: Bryan, Bryan, Bryannnnnnnnn. E ele nem tchum.
Esses dias o pintor estava pintando a fachada da casa, e Bryan tem verdadeiro amor pelo pintor. Quando ele vê que o Jorge chegou, já sai correndo e fica no quintal só para ver ele trabalhar. Daí que hoje ele pegou o rolo de tinta, e saiu pintando o chão inteiro com o rolo, e depois chegou com o pé todo sujo de tinta vermelha. Respirei fundo, limpei e voltei pra casa para tentar sentar e ter um momento de paz. Quando vejo ele jogando um tijolo no chão (que quebrou) e tentando jogar a sandália na rua. Chamei pela janela 1 vez, duas, três, quatro, até me aborrecer e ir no quintal para trazê-lo para casa. Na hora ele começou a espernear, fazer corpo mole, e eu consegui carregá-lo no colo - apesar das contrações doloridas que tenho sentido - e assim que entrou em casa ele me atacou mordendo minha perna. Não foi mordidinha leve não, foram dentes cravados bem fundo, que até deixou marca. E ele não queria dormir nunca. Ficava subindo na poltrona, entrando e saindo do berço, pegando as roupas da irmã no guarda-roupa, e eu já cheia de dor de cabeça querendo ter 5 min. de descanso, mas como? Foi dormir somente às 16:30 (quando o horário que ele tirava a sonequinha era 14:00), e mesmo assim porque eu peguei ele firme pelo braço, e falei super séria: - Você vai deitar e dormir agora Bryan. Chega de brincar. Pega sua fraldinha e dorme. E não é que 10 minutos depois estava ele lá com os olhinhos fechados, parecendo um anjinho? Até me assustei por ele não ter questionado nada.
Não sei se é uma fase passageira, mas só torço para que esse "malportamento" (e as mordidas) vá embora antes que a Isabela chegue. Caramba, eu estou imensamente cansada fisica e mentalmente, e tudo o que eu queria era ter 2 minutinhos para sentar e pensar na vida...coisa impossível quando o Bryan faz de tudo para chamar minha atenção, já que não tem o pai por perto.
Pelo menos se ele for atleta quando crescer, vou poder enfeitar a triste história da mordida, dizendo que ele estava treinando para morder a medalha de ouro. |