Eu tive uma criação liberal,de certo modo.Meus pais nunca me proibiram de namorar,ou ditavam regras do tipo: só vai namorar quando fizer 18 anos.Pelo contrário,eu é que não me interessava mesmo pelos meninos. Quando cursei o último ano do ensino médio,tinha 16 anos, e todas as minhas amigas estavam na fase de perder a virgindade.Lembro de um dia chegar para a minha mãe e perguntar se tinha algo de errado comigo,pois eu não sentia a menor vontade de namorar ou beijar alguém. Meu pai,ao contrário de muitos, me perguntava quando eu ia arrumar um namoradinho.
Quando começei a namorar,Bruno dormiu várias vezes na minha casa,pois ele morava em outra cidade, no inicio meu pai foi resistente,mas depois deixou pois meu cunhado também dormia lá (na sala,obviamente).Não tinham proibições de lugares pra sair,ou dia pra namorar, no máximo ele ficava chateado se eu ficasse até mais tarde na rua , e muitas vezes ia me chamar gritando na rua, mas nada que fosse radical.
Já a familia do Bruno era mais radical nesse sentido,e mesmo ele sendo menino, tinha horário pra sair e pra voltar, a mãe dele estipulava os dias que agente iria se ver, e ainda encrencava com o tempo das ligações.Ele como menino teve a criação,digamos, mais presa e rígida, que a minha.
E foi em uma dessas conversas que eu me perguntava como ele seria como pai,tanto de menino como menina. Ele brincava dizendo que se tivesse filha, iria deixar namorar só com 18 anos, iria levar e buscar na escola, ia ficar na cola dela, e nada de deixar namorado dormir em casa.Já com menino ele seria liberal,ele deixaria sair quando ele quisesse, e não iria estipular horário ou idade para namorar.
Já eu por ter tido uma criação baseada na confiança,criaria do mesmo jeitinho que a minha mãe me criou, sem tirar nem por (só mudaria o fato das conversas,pois minha mãe raramente falava sobre sexo,a não ser para não fazer...rs).Quando Bryan nasceu,voltamos a ter muitas outras vezes, uma conversa sobre como educá-lo,o que ensinar, o que proibir, e etc. Uma das minhas preocupações era ter aquele tipo de pai passivo que vive falando: fala com a sua mãe.Ou então fazer o papel parecido com o policial bonzinho e mal, tipo: o pai ser super liberal,gente fina e deixar o filho fazer de tudo (um verdadeiro playground) e a mãe uma verdadeira megera, a quem o Bryan deveria temer.Ou ainda aquele pai omisso, que na hora de dar bronca fala: amor,vem aqui brigar com seu filho que está fazendo coisa errada.Não quero essa diferença entre nós, quero que ele respeite igualmente ao pai e a mim,e que um não discorde do outro quanto a castigo,ou bronca.Também conversamos sobre autoridade, na criação do Bryan não quero que um tenha mais autoridade que o outro, ou que um tire a autoridade do outro, por exemplo, se eu brigar com o Bryan por ele ter feito algo de errado e colocá-lo de castigo, o pai não pode interferir ou falar: tadinho, ele não fez por mal.
Outra coisa que concordamos é que não deve existir diferença entre criar um filho do sexo masculino ou feminino.Da mesma forma que pretendo criar o Bryan, criarei uma menina (se um dia eu tiver).
Também buscamos na bíblia e em nossa religião (somos protestantes) a base da criação que queremos ter, pois muitos versículos nos auxiliam a ver que direção tomar em muitos casos.
E tem aquela máxima: os pais são espelhos para os filhos.De nada adianta ensinar uma coisa se eu faço o contrário.E nós procuramos nos policiar nesse quesito, tipo: evitar falar palavrão, brigar na frente do Bryan, gritar, ou discutir por qualquer coisa.Ainda mais na fase que o Bryan está, de imitar T-U-D-O, se eu bato na perna do Bruno de brincadeirinha, ele vê e bate também, se eu grito ele grita também, se eu fico nervosa e jogo alguma coisa no chão,ele pega imediatamente algo e atira também, é fogo, nessa idade as crianças são "esponjinhas" e absorvem tudo o que os pais falam e fazem.
Falar de criação as vezes é difícil,pois em alguma hora acabamos discordando de algo,mas o importante é não deixar o Bryan perceber isso, para isso, sempre conversamos a noite quando Bryan já esta dormindo, e um dá toques para o outro do tipo: você foi muito rigorosa, ou, você deveria ter repreendido aquela ação. O Bruno é um pai bem presente,mesmo trabalhando fora, ele não deixa de me ajudar na criação do Bryan,nas broncas, na hora que tem que falar sério, e isso é muito importante,ainda mais na criação de menino,pois em certo momento o Bryan irá se espelhar na figura masculina mais próxima,que é o pai.
E vocês,conversam sobre a criação dos filhos com o marido?
bjos
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10 comentários:
Ai Jack, esse assunto é complexo para mim rsrsrs
Eu sempre acho que meu marido se omite um pouco de tudo, inclusive de dar bons exemplos e participar. Claro que ele ama o filho, e é um bom pai, mas acho que falta algo sabe? Eu estou tentando me analisar profundamente, pq no fundo pode ser que eu cobro demais dele, além do que ele pode fazer. Ele trabalha fora, passa 13 horas por dia fora de casa. O trânsito de SP não é brincadeira, então é natural que o pouco tempo em que ele está com a gente, ele queira fazer outras coisas tb. Me sinto mal por isso, de às vezes ser injusta. Mas eu me sinto na obrigação de exigir que esse tempo tenha mais qualidade... Enfim...
Beijoooo
Acho que fugi um pouco do contexto do post hahaha
Eu brigo com ele sim, mas sempre que o baby está dormindo, evito dar exemplos de coisas que eu sei que faço errado... Fomos criados de maneira diferente (MUITO), mas nos princípios básicos de caráter e educação nós concordamos no que queremos passar para nosso filho. Felizmente meu marido é uma pessoa extremamente afável, então encontramos nosso equilíbrio, o que torna a tarefa de ensinar mais fácil.
Agora encaixou no post né rsrsrs
Beijos
Aqui em casa a gente decide tudo em conjunto, mas isso não quer dizer que seja fácil... tem horas que discordamos tanto que dá até preguiça de discutir até chegar num consenso, rs. Mas acho que tem que ser assim, os dois são responsáveis pela educação então tem que definir uma linha e segui-la, não tem como educar de 2 maneiras diferentes.
Bjs!
Risos...
Acho que aqui em casa eu crio dois, o pai e o filho... risos...
Meu marido é totalmente sem juizo....
risos...
bjs
Aqui em casa fazemos tudo em total acordo...
e quando um dá a bronca, o outro não lambe, mas tmb não briga.
Pra não ter estrese.
Mas seus posts, são dignos de Parabéns...
Obrigada por nos fazer relfetir.
Bjs
Esse assunto é bem delicado e deve ser conversado muitas e muitas vezes, a gente falava muito sobre várias coisa, e ate hoje falamos muitas coisa,s concordamos em boa parte delas mais algumas opiniões não batem, nada que conversas e mais conversas não resolvam.
Das coisas ruins que aconteceram por aqui... Antes de eu engravidar, quando estavamos so no sonho de ter um bebe, conversavamos bastante sobre essas coisas. E era bem legal, pois concordavamos sempre, mesmo que no final da conversa. Tinhamos uma forma de pensar parecida e queriamos coisas muito semelhantes de nos e de nossos filhos. Mas ai, eu engravidei, e tudo mudou... E mesmo hoje, Rebeca quase completando 2 anos de idade, nos mal conversamos. E o resultado disso é que em horas chave, como quando ela esta passando mal por exemplo, nos acabamos discordando de como agir e discutindo...
Estão certos vocês, tem que conversar muito mesmo, e ser coerente no que se faz. Crianças são esponjas sim, e é o nosso exemplo bem mais que as nossas falas que irão moldar quem eles serão no futuro!
Bjs pra vcs!
Di
Jaque, acabei pegando o tema do seu post hoje pra debater isso no meu, achei interessante porque tô vivendo o inverso desse companheirismo que você tem com o pai do Bryan.
Aliás, estou te seguindo também, beijo pra vocês! :*
os dois tem que ser responsaveis nao tem essa... comigo foi assim e a minha educacao foi de primeira.
Ei, achei seu blog no da Dani, to te seguindo! Bjs
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