Uma das muitas preocupações que eu tinha quando ainda era gestante, era de não criar um filho mimado.Explico: quem nunca sentiu vergonha alheia, com uma criança chorando, esperneando, se jogando no chão e fazendo a mãe passar a maior vergonha no shopping ao passar perto de alguma loja de brinquedo, aos gritos de: eu quero, eu quero! (e provavelmente falou em pensamento: ah se fosse meu filho...)
Como eu trabalhei em comércio, essa era uma das situações muito comuns (especialmente no dia das crianças), e eu sempre falava que quando fosse comprar um determinado brinquedo jamais levaria o meu futuro filho, pois era mico na certa. Daí que minha mãe sempre falou que eu e minha irmã eramos anjinhas quando saiamos junto com ela. Ela tinha uma politica: antes de sair de casa avisava que estava sem dinheiro e que não poderia comprar nada na rua, que era para não ficar pedindo nada. Dito e feito: ela fala que ficavamos bem quietinhas sem pedir nada (na verdade,tudo o que minha mãe relata sobre nossa infância parece ser sobrenatural, sério, fico pensando que não se faz mais crianças como antigamente, éramos 2 anjinhas).
Tá que eu ainda não cheguei na fase do pede pede na rua, do eu quero aos berros e lágrimas de crocodilo, do vou me atirar no chão se você não comprar aquele brinquedo, mas já vou me preparando aos pouquinhos para ensinar que a minha vontade vai prevalecer, e quero que Bryan seja comportadinho e que entenda que ele não pode ter tudo, que tudo depende das nossas condições financeiras, e quero que ele dê valor a isso. Certa vez li uma reportagem dizendo que a jornalista Fátima Bernardes não dava presentes caros para os filhos, e isso era pra ensinar o valor do dinheiro a eles. Em partes eu concordo, claro que se eu tivesse condições compraria muitos brinquedinhos pro Bryan sem nem me importar com o preço, mas a realidade é outra, só o marido trabalha, e entre comprar um brinquedo de 200 e gastar com roupas e calçado eu fico com a segunda opção.
E tenho certeza que o valor ao dinheiro vem de pequeno, quando ele começar a entender as coisas, quando ele já tiver a consciência de que não pode dar um escândalo se eu não puder levar tal coisa, que as coisas não se conseguem fácil (a não ser que ele fosse filho do Eike Batista).
Mas daí vem a questão lá de cima: será que isso é mimo? será que essas crianças que esperneiam nos supermercados e lojas são mimadas demais? será que as mães não deram limites? será que é só uma fase? E me vem a cabeça que talvez eu esteja fazendo demais as vontades do Bryan e não esteja dando o tal de limite. Raramente eu brigo com ele, quando ele faz algo errado eu brigo, falo que não, mas quem disse que ele me respeita? ele ainda sai rindo da minha cara, e não tem como brigar quando ele faz aquela carinha linda de pidão, eu não resisto! Quando Bruno briga com ele, logo ele obedece. Teve uma vez que ele derrubou o modem do PC e Bruno colocou ele no berço como "castigo" (uma versão do cantinho da disciplina da super Nanny) e quem foi lá pegar no primeiro choro?? eu.
Simplismente não consigo ser dura, não consigo vê-lo chorando, não consigo não consolar após uma bronca...
Só sei que em quanto ele não entende o valor de certas coisas, eu mimo muito mesmo, sem medo dele se tornar um "monstrinho", acho que excesso de amor não estraga ninguem, mas ao mesmo tempo tenho certo receio dele se tornar uma criança birrenta que só fica satisfeito quando sua vontade for feita, tem certas coisas da maternidade que nem freud explica, só vivenciando, e espero que essa fase demore bastante a chegar e que eu esteja preparada para lidar com essas situações.
bjos
O que eu quero pra mim
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Eu quero ser livre.
Eu quero não depender de outra pessoa, nem emocionalmente, nem fisicamente
e nem materialmente.
Eu quero descobrir quem eu sou, d...
Há 4 semanas