24 de fevereiro de 2014

Relato do desmame natural

Sempre achei que o desmame natural fosse uma lenda. Na minha cabeça, a Bebela que tanto amava mamar, jamais iria deixar de mamar de uma hora pra outra. Mas aconteceu.
Engraçado que quando escrevi o post sobre o desmame que não aconteceu, alguns dias atrás, eu pensava que a hora dela desmamar estava longe e distante, e que aproveitaríamos juntas este momento por muito tempo. Ah como eu estava enganada.

Ela sempre mamou em LD, e muitas vezes. Como a produção no seio esquerdo deu uma diminuída (e secou completamente em apenas 1 dia), ela estava mamando apenas no seio direito. O dia 22 começou como qualquer outro. Ela mamou bastante durante a madrugada, o dia e a noite. Fomos passear no shopping, e ela mamou normalmente em todas as vezes.
Na volta, ela veio dormindo do jeito que mais gostava: mamando. Chegamos em casa e eu a coloquei no berço. Logo depois ela acordou, e eu ofereci o peito novamente. Ela estava bem sonolenta e quase adormecendo novamente. Ah se eu soubesse que essa seria a última vez... Minha mãe veio na minha casa, e perguntou se podia dar um banho pra ela dormir fresquinha. Assim que ela voltou, eu ofereci o seio, e ela mordeu. Mordeu de me fazer ver estrelas. Já fazia um tempinho que ela tinha parado de morder, então estranhei, e deixei passar um momentinho. Logo depois ofereci novamente, e ela mordeu e ficou me olhando como se tivesse desaprendido o movimento de sucção. Dei água no copo pra ela, e tentei mais uma vez, sem sucesso. Ela ficou bem chorosa, ainda mais por conta do resfriadinho, e eu que até então desconhecia outra forma de a acalmar sem o peito, tentei niná-la em pé. Ela coçava o olhinho, esfregava a cabeça, impaciente e nervosa. 5 min. depois ela adormeceu nos meus braços. Coloquei no berço e pensei: - De madrugada aposto que ela vai querer o mamázinho dela. Mas me enganei novamente.

3:20 ela acordou. Como eu sempre fazia, coloquei ela na cama comigo, e ofereci o peito, o qual ela mordeu mais uma vez, puxou o bico e largou. Impaciente começou a chorar, e tive que fazer todo ritual de ninar no colo. E assim seguiu mais 2x na madrugada, sempre voltando a dormir no colo, e depois no berço.
Pela manhã pensei que no auge da fome ela iria mamar, mas ela não quis nem saber de deitar no meu colo. Chorava muito, impaciente e com fome, e eu não aguentei vê-la daquele jeito. Fiz leite ninho, e ela tomou tudo como se estivesse com muita fome, cheguei a escutar a barriga roncando muito alto. A tarde a levei na emergência, e descobri que ela estava com princípio de pneumonia, além de dois dentinhos nascendo.
Meu seio a essa altura estava inchado demais, e super dolorido, mas continuei oferecendo o peito em vão. 
Comecei a fazer compressa de água fria para aliviar a dor, e tentar ordenhar o leite que estava acumulado. Bebela foi categórica: recusou o peito em todas as vezes, mas tomou todo leite que eu ofereci.

Eu pensei que ficaria feliz, que comemoraria o fim do desmame sem traumas, do jeito que eu queria, mas a verdade é que estou transbordando de culpa. Por um lado eu penso: - Ok, amamentei por longos 13 meses, fiz minha parte. Mas por outro lado penso que era cedo ainda, e que eu poderia ter curtido mais.
Choro toda vez que vou tentar oferecer o seio a ela, e ela morde ou sopra o mamilo. Está difícil aceitar que chegou o fim desse vínculo lindo e maravilhoso que criamos por tanto tempo. Ela ainda continua apegada comigo, quando me vê pede colo, senta, faz carinho, deita no meu ombro e me distribui um monte de beijos, mas se eu coloco o peito pra fora ela sorri mordendo a língua e pede pra descer do meu colo.
Uma prima minha disse uma frase que me impactou bastante, e fez diminuir a culpa: - Melhor você chorar do que ela. E é verdade. Eu não queria ter um desmame traumatizante, e que fosse difícil pra ela, e consegui. Lia relatos de mãe que passavam pó de café no peito, esmalte e outras coisas para fazer o filho ter nojo e largar o peito, e não me imaginava fazendo nada disso.
É difícil aceitar que ela não depende mais do alimento que sai de mim. É difícil dormir todas as noites e não sentir aquela mãozinha procurando o meu nariz, ou sentir seus cílios piscando no meu seio. Vou guardar pra sempre esses nossos lindos momentos.
Apesar das noites insones, de ter que acordar 4 ou 5 vezes para amamentar durante 13 meses, eu faria tudo novamente. Essa foi a melhor fase da minha vida. Me sinto realizada como mãe, sinto que cumpri o meu dever. Foram 6 meses de amamentação exclusiva, de abdicação do meu tempo, de tomar um banho longo, ou dar uma saidinha sozinha. Foram 13 meses de muito leite, amor e carinho.
É doloroso me despedir de tudo isso, mas as lembranças permanecerão pro resto da vida. Agora virão novas fases, novas formas de conexão, e estarei presente em cada etapa do crescimento da minha princesa.

Última foto desse nosso momento, tirada no dia 16
23 de fevereiro de 2014

Bipolaridade maternal


Sempre fui uma pessoa calma, dócil, controlada, e paciente. O tipo de pessoa que demora a perder a cabeça e se estressar com qualquer coisinha...isso até ter me tornado mãe.

Procuro me controlar ao máximo para não perder a cabeça em casa, mas tá difícil. Juntou a fase manhosa da Bebela, e as teimosias do Bryan e pronto: bipolaridade maternal vem me visitar vez outra.
Bela tá na fase de chorar a toa. Nunca vi. A minina chora por TUDO. Se tá feliz: chora, se Bryan pega algum brinquedo dela: chora, se tá com sono: chora, se eu falo não: chora, se não consegue alguma coisa: chora, se não quer comer: chora, se fica 5 min. longe de mim: chora, se eu saio da cozinha e não levo ela comigo no colo: chora. Tá complicado, nível hard de aturar.
Nunca vi criança mais chorona, já que Bryan nunca foi assim. E pior que o choro, são as manhas e teimosias. Ela não pode ouvir não que chora, esperneia, e só falta entrar no quarto e bater a porta na minha cara. Se tá difícil agora, imagina quando chegar o terrible two?? Quero nem pensar. Bury me

Com isso tudo minha paciência (o restinho da que eu tinha) foi pro beleléu. Não consigo me concentrar em nada, estou na pior ressaca literária da minha vida, e só tenho vontade de dormir o dia todo.
Se em um momento estou feliz, alegre e risonha, 5 seg. depois eu posso estar chorona, emotiva e depressiva. É uma montanha russa de sentimentos tão intensa, que parece que eu tô recém parida, com direito a querer me trancar no banheiro e jogar a chave na privada pra ninguém me resgatar.
Tem horas que as crianças são uns anjinhos, mas esses momentos são mais raros do que encontrar um palito de picolé premiado. Quando Bryan está na escola e Bebela dormindo, é o único momento que consigo respirar e me sentir de volta a normalidade. Sim, é legal ser mãe, é recompensador ter filhos, mas sou humana e tem horas que dá vontade de pedir demissão e se mandar pro Caribe.

Fora ter que lidar com esses dilemas maternos, ainda sou obrigada a aturar a falta de respeito das pessoas, como um rapaz novo e saudável na fila preferencial, e ainda se achando no direito de estar ali, querendo bater boca comigo.
 Ok que quem vê cara, não imagina a bipolaridade da pessoa, mas tem horas que dá vontade de encarnar a Norma Bates (seriado Bates Motel) e chamar todo mundo de cabeça de merda, ah, isso dá.
21 de fevereiro de 2014

O desmame (que não aconteceu)

Daí que eu sempre sonhei em amamentar exclusivo. Era um desejo frustrado desde a gravidez do Bryan, já que sucumbi a praticidade da mamadeira, e tive muita dificuldade com a pega errada dele.
Quando Bebela nasceu a única certeza que eu tinha era que iria amamentar exclusivo em livre demanda. Isso quer dizer que era só ela suspirar que eu tascava peitchas nela.
Não foi fácil, e qual etapa da maternidade é? Isso gerou muita culpa em não poder dar atenção ao Bryan, pois teria que estar sempre disponível a Bebela. Na verdade isso rola até hoje (já me conformei que culpa e eu andaremos juntas de mãos dadas até o fim da minha vida).

Passaram os 6 meses de amamentação exclusiva, e eu continuei amamentando em LD. Era prazeroso, eu sempre gostei de amamentar, pois é uma interação sem igual entre mãe e filho, além de ser econômico (porque convenhamos, leite tá caro, e já basta um bezerro em casa - leia-se: Bryan) e muito prático (até hoje tenho preguiça de levantar pra fazer a mamadeira do Bryan, e lavar tudo depois).
Depois dos 6 meses, e de toda privação de não poder nem ir na esquina com medo dela acordar e requisitar o peito, achei que estava na hora tentar ver como ela se sairia sem os peiticulicos disponíveis a todo instante. A minha primeira saída foi na bienal do ano passado, quando ela tinha 8 meses. Amamentei de madrugada, deixei a mamadeira com o pai, e fui ser feliz.
O primeiro impacto foi os seios encherem muito. Muito do verbo: os peitos pareciam silicone de tão duros, e cada pontada eu via estrelas. Não conseguia me distrair, e só pensava na minha filha em casa com aquele bico de plástico que ela não conhecia. Demorei a ligar, e quando liguei marido falou que ela estava bem, que havia mamado na mamadeira, bem pouco, mas ainda assim tinha sugada alguma coisa. Pra encurtar a história: eu acabei pedindo para que ele levasse ela até lá, e só assim consegui relaxar e me sentir menos culpada. Depois dessa saída só teve mais uma sem ela, e o restante mesmo só idas rápidas ao mercado ou o centro comercial da minha cidade.

Daí que ela completou 1 ano, e eu pensei: uau, já amamento a 12 meses, o que é mais do que eu imaginava. Confesso que eu pensava em amamentar até os 6 meses, e depois intercalar o peito com a mamadeira, o que não aconteceu.
Nunca me imaginei amamentando uma criança grande. Acho lindo amamentação prolongada (eu mesmo mamei até os 7 anos), mas não achava que era pra mim, sabe? Acho que pelo fato de ficar "presa" e não poder ter uma saída tranquila com medo de que minha filha sentisse falta do peito para dormir de tarde.
Então quando ela completou 12 meses eu tentei (em vão) desmamá-la. Achei que estava na hora porque ela já não dorme direito tem 1 ano. Toda noite ela acorda umas 4 vezes pra mamar. 365 dias insones é dose, viu. E na minha mente imaginativa de mãe, eu imaginei que dando mamadeira ela iria ficar cheinha, e me deixar dormir pelo menos 5 horas seguidas.
Fora o sono irregular e precário, eu já estava meio que de saco cheio de amamentar (ok, joguem pedras). Bebela vez ou outra mordia o peito, ou ficava mamando de 5 em 5 seg. Qualquer coisa a distraia, e ela parava de mamar, descia do meu colo, pra 5 segundos depois querer voltar pro peito. E eu ficava impaciente com isso, doida pra ela mamar logo e eu ir resolver minha vida (arrumação da casa, e outras coisas).
Deixei ela algumas vezes sem mamar depois do almoço. Ela ficava irritada, esfregava o olho, abaixava minha blusa, e só faltava abocanhar o peito com blusa, sutiã e tudo. Senti mais uma vez culpa por não respeitar o tempo dela.
Logicamente ela não estava pronta para largar o peito, e eu acho que nem eu. Essa tentativa durou apenas 1 semana. Resolvi dar mais um tempo pra ela. Ela AMA mamar, só dorme se for no peito, e eu estava pensando apenas na minha impaciência e falta de liberdade.
A verdade é que eu ainda fico impaciente em algumas vezes. Mas ela reduziu bastante o ritmo de mamadas. Continuo amamentando em LD, e assim seguiremos até ela demonstrar que está na hora de deixar essa etapa tão linda de nossas vidas.
19 de fevereiro de 2014

Relato festa Isabela no mundo Mágico de Oz - 1 ano

Todo ano é a mesma coisa: eu falo que vou fazer e acontecer nas festas e vou deixando chegar o dia, e quando vou ver já tá em cima da data e eu não tenho nada pronto. Claro que mesmo com duas festas do Bryan no currículo, eu dei mole de não ter fechado tudo antecipadamente. Nem sei se foi a preguiça, ou achar que resolveria tudo rápido, mas o fato é que deixei tudo pra semana da festa.
A única coisa que eu tinha certeza era o tema. Sempre sonhei com O Mágico de Oz caso tivesse uma menina, e consegui realizar este meu sonho.
O local foi o mesmo das outras festas: o sítio de um tio do meu esposo. Lá é lindo, cheio de árvore e verde que acaba deixando a festa com ares chique de festa no campo, sabe? O lado bom é que não pagamos espaço, e qualquer economia é super bem vinda né.
Como aconteceu na festa de 3 anos do Bryan, optamos pelo churrasco e almoço, que além de sair mais em conta pra gente, poupou ter que contratar garçom, buffet, e etc.
Aproveitei muita coisa dos aniversários anteriores, como a mesa (já tinha no sítio), toalha branca da mesa, bandejas mdf, vasinhos com buchinho. Ainda aproveitei as graminhas artificiais que minha amiga comprou pro aniversário do filho dela, e me emprestou pra usar na festa da Bebela (thanks Rose).
A decoração foi toda feita e idealizada por mim. Amo trabalhar em cada detalhe, isso dá uma carinha de festinha caseira que eu tanto gosto. Tudo foi muito simples. Pode não parecer, mas o cenário e o olhar especial do fotógrafo deram um tchan a mais. Essa já é minha segunda festinha com o Anderson, e ele se supera em cada foto. Detalhe pra paciência de Jó dele,/ ao aguentar meus pedidos de: - Tira mais uma foto pra ficar legal rs
Bebela curtiu muito. Não dormiu em nenhum momento durante a festa, posou para as fotos, sorriu muito, brincou, deitou e rolou na grama, e surpreendentemente foi no colo da maioria dos convidados. Fiquei mega feliz e realizada com tudo.
Chega de blablabla, e vamos as fotos:

Depois do fiasco de ter colocado a mesa na frente do campo de futebol ano passado (relembrem), decidi aproveitar o verde e as árvores da paisagem. Nem tinha pensado neste lugar, mas um primo que me ajudou a colocar as bandeirolas colocou ai, e não é que eu me apaixonei pela composição? A roda lá atrás até deu um charme a mais na decoração. 
Como eu não curto muito usar painel, a aposta da vez foram as bandeirolas. Uma amiga minha que montou a partir das artes encontradas de grátis na internet. Simplesmente amei o resultado. Ficou clean, ao mesmo tempo que deu destaque ao nome dela.
Pra decorar a mesa comprei esse trio de maletas vermelhas, e flores artificiais para arrematar o visual. Os bonecos da mesa foram feitos em feltro. Particularmente achei que os personagens ficaram bem cutes, e com carinha de festinha de 1 aninho.
Detalhes
Não poderiam faltar as águas redondas. Eu acho o maior charme, e dá um visual muito bonito na mesa. Comprei azul (sem gás) e vermelha (com gás), e optei por colocar apenas a tag, para o visual não ficar sobrecarregado demais. Todos os convidados queriam levar uma pra casa.
Como lembrancinha utilizei tubetes de confeitos enfeitado com tags. Fiz poucos dessa vez (10 unidades) e todo mundo queria levar também.

Não poderiam faltar as latinhas min to be (essas ainda são as que sobraram do aniversário de 1 ano do Bryan, que comprei 100 unidades. Ainda sobrou algumas aqui para a próxima festa shaushaush). 
Os docinhos fizeram o maior sucesso. Encomendei 200 (com uma irmã da minha igreja) e não sobrou nenhum para contar história. A tag dos doces também ficou muito charmosa. Coloquei tudo em cima de 4 graminhas, encontradas em lojas de flores artificiais. Achei que ficou mais bonito do que utilizar só bandejas de mdf.
O topo de bolo ficou divino. 

Esse ano optei por fazer bolo falso de biscuit pra mesa. Passei o modelo para minha amiga e artesã Roseli, e ela fez como eu imaginava. Todo mundo elogiou. O bolo que servi aos convidados foi surpresa, que minha sogrita fez (não sobrou um pedacinho)
Outro ângulo da mesa. No lugar das bolas (eu até que tentei encher algumas pra enfeitar a parte onde os convidados ficaram, mas estourava toda hora) eu optei por enfeitar com lanternas japonesas de tecido, que deu um destaque muito lindo na decoração.
E com vocês: minha Dorothy mais linda. O vestido eu mandei fazer com uma costureira conhecida. O resultado foi melhor do que eu esperava. As manguinhas bufantes ficaram tão fofas. O sapatinho vermelho não poderia faltar.

Eu e minha Dorothy



My family

Toda séria

Com a amiguinha desde a barriga, Gabi


Com a Titia Jessica

O irmão mais lindo do mundo

Querendo correr rs



Com a vovó Tereza




Experimentando seu primeiro pirulito

Com a titia Brenda 

Os dois fazendo caretinhas




No final todo mundo caiu na piscina (e um dia depois Bryan ficou resfriado e com febre por conta disso)








A "arteira" que fez o bolo,e  minha amiga Roseli




Pausa para o lanchinho preferido dela




Parabéns embaixo de chuva é assim. Mesa toda molhada e pingos na lente da câmera estragando a foto rs

Ano que vem tem mais



Ficha Técnica (onde encontrar):

Tubetes, latinhas, água redonda: Vivían Festas Caxias
Artes digitais: Internet
Bolo cenográfico e topo de bolo: RDO Artes
Lanternas japonesas: Centro do Rio

Contando...

 

Blog Template by BloggerCandy.com