29 de junho de 2013

Lactância selvagem – por Laura Gutman

Bebela mamando com menos de 1 mês de vida
A maioria das mães que consultam por dificuldades na lactância estão preocupadas por saber como fazer as coisas corretamente, em lugar de procurar o silêncio interior, as raízes profundas, os vestígios de feminidade e um apoio no companheiro, na família ou na comunidade que favoreçam o encontro com sua essência pessoal.

A lactância genuína é manifestação de nossos aspectos mais terrenais, selvagens, filogenéticos. Para dar de mamar deveríamos passar quase o tempo todo nuas, sem largar a nossa criança, imersas num tempo fora do tempo, sem intelecto nem elaboração de pensamentos, sem necessidade de defender-se de nada nem de ninguém, senão somente sumidas num espaço imaginário e invisível para os demais.Isso é dar de mamar. É deixar aflorar nossos rincões ancestralmente esquecidos ou negados, nossos instintos animais que surgem sem imaginar que ainda estavam em nosso interior. E deixar-se levar pela surpresa de ver-nos lamber a nossos bebês, de cheirar a frescura de seu sangue, de chorrear entre um corpo e outro, de converter-se em corpo e fluidos dançantes.

Dar de mamar é despojar-se das mentiras que nos contamos toda a vida sobre quem somos ou quem deveríamos ser. É estar desprolixas, poderosas, famintas, como lobas, como leoas, como tigresas, como canguruas, como gatas. Muito relacionadas com as mamíferas de outras espécies em seu total afeiçoo para a criança, descuidando ao resto da comunidade, mas milimetricamente atenciosas às necessidades do recém nascido.

Deleitadas com o milagre, tratando de reconhecer que fomos nós as que o fizemos possível, e reencontrando-nos com o que tenha de sublime. É uma experiência mística se nos permitimos que assim seja.

Isto é tudo o que se precisa para poder dar de mamar a um filho. Nem métodos, nem horários, nem conselhos, nem relógios, nem cursos. Mas sim apoio, contenção e confiança de outros (marido, rede de mulheres, sociedade, âmbito social) para ser uma mesma mais do que nunca. Só permissão para ser o que queremos, fazer o que queremos, e deixar-se levar pela loucura do selvagem.

Isto é possível se se compreende que a psicologia feminina inclui este profundo afinco à mãe-terra, que o ser uma com a natureza é intrínseco ao ser essencial da mulher, e que se este aspecto não se põe de manifesto, a lactância simplesmente não flui. Não somos tão diferentes aos rios, aos vulcões, aos bosques. Só é necessário preservá-los dos ataques.

As mulheres que desejamos amamentar temos o desafio de não nos afastar desmedidamente de nossos instintos selvagens. Costumamos raciocinar, ler livros de puericultura e desta maneira perdemos o eixo entre tantos conselhos pretensamente profissionais.

Há uma idéia que atravessa e desativa a animalidade da lactância, e é a insistência para que a mãe se separe do corpo do bebê. Contrariamente ao que se supõe, o bebê deveria ser carregado pela mãe o tempo todo, inclusive e sobretudo quando dorme. A separação física à que nos submetemos como rotina entorpece a fluidez da lactância. Os bebês ocidentais dormem no moisés ou no carrinho ou em seus berços demasiadas horas. Esta conduta singelamente atenciosa contra a lactância. Porque dar de mamar é uma atividade corporal e energética constante. É como um rio que não pode parar de fluir: se se o bloqueia, desvia seu volume.

Dar de mamar é ter o bebê a colo, o tempo todo que seja possível. É corpo, é silêncio, é conexão com o submundo invisível, é fusão emocional, é loucura.

Sim, há que ser um pouco louca para maternar.


Texto escrito pela Laura Gutman, argentina, terapeuta familiar e escritora.

P.S: Faltando pouco para completar 6 meses de amamentação exclusiva, me deparei com este texto lindo, e resolvi postá-lo para comemorar esse momento tão maravilhoso e especial na minha vida.

27 de junho de 2013

Preparativos niver Bebela - Parte I

Mãe louca por festa é assim: mal saiu de uma, e já pensa nas próximas decorações e temas (acho que já tenho tema até os 10 anos deles rs). Assim que a festa do Bryan passou, eu já estava encomendando tudo para a festa da Bebela, afinal, faltam apenas 7 meses, e eu não quero correr com nada.
Foi difícil decidir o tema. Fiquei entre Isabela no país das maravilhas, Chapéuzinho Vermelho e o tema escolhido. Pensei tanto na decoração, quanto em um tema que tivesse significado pra mim, e escolhi O Mágico de Oz, cuja história encantou a minha infância.
Já estou vendo todos os detalhes, e nos próximos posts irei trazer mais dicas para quem quer gastar pouco em uma festa "caseira" e linda.
Algumas ideias sobre o tema (todas as fotos foram retiradas da net):




















P.S: estou esperando o restante das fotos oficiais da festa do Bryan, para fazer um post geral com o pós-festa.

21 de junho de 2013

5 meses


Com 5 meses eu já...

- Já pego objetos, puxo o cabelo da mamãe, adoro morder meu mordedor (e o dedo da mamãe), e já pego tudo o que colocarem na minha frente;
- Já pego o meu pé, e tiro minha meinha;
- Continuo mamando exclusivamente no peito;
- Já rolo pela cama, e costumo virar de bruços para dormir;
- Dou muitas gargalhadas com as bobeiras do meu irmão, e adoro puxar o cabelo e o nariz dele;
- Fico muito alegre quando vovó me coloca sentada na banheira, na hora do banho;
- Não curto muito ficar deitada, e quando mamãe me coloca deitada eu logo viro de bruços;
- Já presto atenção nos desenhos que o meu irmão assiste, e adoro a galinha pintadinha (para desespero da minha mamãe);
- Dei "aloka" e sigo horários nada ortodoxos para dormir (vide cansaço da mamãe);
- Gosto de ficar sentada no colo da mamãe, mas ainda não sento sozinha;
- Já calço n°4 e visto roupinhas 9-12 meses.

P.S: Esse mês Bebela ficou sem consulta com o pediatra, por isso não sei o peso nem a altura :(

 

10 de junho de 2013

Festa 3 anos Pequeno Príncipe

E depois de muitos imprevistos, sustos e quase perder meu filho duas vezes, dia 8 realizamos a festinha do Bryan. Nem tudo saiu como o planejado, mas sei que o Bryan se divertiu muito no sítio, e na hora dos parabéns ele era só alegria (inclusive ele aprendeu a cantar a musiquinha dos parabéns um dia anterior a festa). Foi um sonho realizado!!!
No próximo post venho contar os detalhes, fornecedores e o saldo da festa. Por hora fiquem com um pedacinho da prévia:






5 de junho de 2013

Tensão pré-festa

E finalmente depois de muito adiar, a festinha em comemoração ao niver dos 3 anos do Bryan finalmente vai sair \o
Ontem comecei a trabalhar nas lembrancinhas (tubetes, latinhas e marmitinhas) e no dia só vai faltar organizar a mesa, já que comprei os doces personalizados e o bolo para decorar a mesa. Estou penando para encontrar papel de seda para fazer os pompons, então não sei se vai dar para fazer (comprei um pacote de bolas, para caso não dê). Mas como brasileiro deixa tudo pra última hora, ainda falta comprar as carnes do churrasco e definir aonde iremos fazer o arroz, já que o fogão do sítio está sem funcionar.

O bom é que dessa vez Bryan está super participativo com tudo. Ele chegou a beijar as artes e toda hora fala: - A festa do Baian tá ficando muito linda, mamãe. Ele está todo empolgado, e acho que essa empolgação é que faz tudo valer a pena. A decoração será toda feita por mim, e adoro participar desses detalhes, mesmo que seja uma loucura depois.
O problema de participar, é que planejar e executar uma festinha vicia. Já estou pensando no niver da Bebela, pois já escolhi o tema, e estou colhendo muitas ideias, que em breve postarei aqui.

Torcendo para tudo sair como o planejado \o

2 de junho de 2013

O universo feminino

Confesso que sempre tive o maior medo de ter uma filha menina, e não saber como vesti-la ou deixá-la parecendo uma girl. Sempre me identifiquei mais com o universo masculino, tanto que no auge dos meus 17 anos, meu pai jurava que eu era sapatón, pois eu andava parecendo um molequinho. No segundo grau meu apelido era mulher-macho, porque eu só usava calça larga e andava toda largadona. A primeira vez que fiz a minha sobrancelha foi aos 17 anos, e passei a me arrumar melhor quando entrei para a faculdade. Tive fases e fases, mas prefiro uma boa e velha calça jeans + camisa branca + all star, do que sair toda produzida de vestido. Nunca usei vestido na adolescência. Só usei vestido mesmo no dia do meu casamento, formatura, festa do Bryan e...acho que só rs

Mas foi só olhar para aquele pedacinho de gente cor de rosa, que eu meu instinto feminino ligou automaticamente!!! E desde esse dia eu passei a me encantar por laços, faixas, vestidos, tutus, frufrus e roupas rosas!! Agora quando vou olhar uma roupinha, penso logo no sapatinho para combinar e na faixinha para arrematar o visual.
E tem coisa melhor do que vestir uma mini-boneca?



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