39 semanas e muitos alarmes falsos depois...

Continuo grávida, o que não é nenhum problema, já que sinto que não me despedi adequadamente da minha gravidez. Completar 40 ou 41 semanas não é um problema para mim. Esta gravidez foi bastante tranquila, e eu já estou sofrendo antecipadamente por saber que logo a barriga vai embora, e juntamente com ela as mexidinhas mais gostosas de sentir (até os incômodos pézinhos que insistem em chutar e massacrar as costelas da pobre mãe aqui). A palavra de ordem nesta gravidez foi a calma. Se na gravidez do Bryan eu ficava ansiosa para conhecer o rostinho dele, e não conseguia curtir as sensações plenamente, nesta gravidez posso afirmar que me senti plena. Não se trata de achar que fui uma grávida bonita, ou se a barriga caiu bem no meu corpo bem mais magro do que na gravidez anterior. A partir da 12° semana, consegui me conectar com o meu eu grávidíco. Eu sei que é confuso. Os sentimentos também são confusos.
Ao mesmo tempo que estou eufórica para viver uma nova experiência, eu queria prolongar todas as sensações de estar grávida, pois está pode ser a última gravidez.

Tudo será novo, não só os cuidados com um RN que já estão meio enferrujados na minha mente, mas também um novo desafio: cuidar de uma menina. Eu já perdi as contas de quantas vezes pertubei minha mãe - que tem 3 meninas - para saber como passar a pomada e limpar uma pepequinha, já que eu sou uma mãe expert em cuidados com  "piru". É tudo tão surreal, que só de olhar as roupinhas, ou as fraldinhas descartáveis tamanho mini, me dá vontade de chorar. Por causa dessa sensação prolonguei ao máximo a arrumação da malinha. Ontem após sentir uma dor mais forte, decidi finalmente finalizar este ciclo.
Me emocionei ao ver tanta coisinha rosa empilhada na malinha.
A tranquilidade com a escolha pelo parto normal se transformou em medo e frustração na última semana. Eu sempre imaginei que iria sentir uma dor e saber a hora que deveria ir para a maternidade. Mas desde sábado venho sentindo cólicas horripilantes - que aguento sem fazer cara feia - e fico pensando se quando chegar a hora vou realmente saber.
Eu queria ter um parto cinematográfico. Daqueles que a bolsa rompe no meio da rua, e a esposa olha pro marido e fala: - É agora. E já chega com 5-6 cm de dilatação na maternidade.
Mas a realidade não é assim. Prestes a completar 40 semanas bateu um medo de não saber quando será a hora. Depois de passar o final de semana, e a semana inteira com dores e contrações, que pioraram muito ontem, começo a pensar que não faço a mínima ideia de que vou saber quando for A hora.
Minha mãe diz que só sentiu dor no dia, e que ela foi ficando forte, até não suportar mais e ir pra maternidade. Cada vez que as contrações vem eu me animo, e logo penso: mais um alarme falso. Depois a dor passa e eu fico na frustração.
Decidi esperar até 41 semanas. As contrações ficaram regulares ontem (5 em 5 minutos), mas cessaram de madrugada. Meu medo é já estar em TP ativo e ficar em casa só pelo fato de suportar as dores, que mais parecem com as cólicas que eu sempre tive desde os meus 17 anos.
Nesse meio tempo faço o que posso para ajudar. Faxino a casa, brinco com o Bryan, continuo realizando minhas tarefas normais, e se até dia 20 ela não vier, ainda vou me arriscar a passear no shopping com o maridón pela última vez  (vai que a bolsa rompe lá né?)

Não quero mais passar por alarmes falsos. Queria saber quando chegar a hora. Ter aquele feeling ao sentir a contração, olhar pro meu esposo e dizer: - É agora. Em tempo, meu tampão ainda não saiu e nem deu as caras. Aposto que a Bela vem até o dia 19 (que é um sábado e a maternidade não atende, só para dar mais emossaum e a mãe se deslocar para a outra maternidade que fica na tonga da miromba do kabuletê.)
Qualquer novidade, contração, alarme falso, ou quem sabe ela resolva nascer assim que este post for ao ar, postarei no meu facebook.

Até mais...espero que este seja o último post grávida....ou não? Confuso