17 de setembro de 2015

A droga da privacidade


Se tem algo que eu sinto muita falta pós-maternidade, é a privacidade. Um dos motivos de ter esperado 4 anos para engravidar, foi aproveitar ao máximo a vida a dois, que sem um bebê já era extremamente corrida por conta do meu trabalho e faculdade.
Lembro que chegava em casa, e amava ficar na cama com meu marido assistindo Lost, ou qualquer outro seriado. Tínhamos o final de semana inteirinho para nós, e um dos nossos programas preferidos era assistir série de madrugada, e trocar o dia pela noite.

Quando chegou uma terceira pessoinha na nossa relação, tudo mudou. E a privacidade perdida foi o primeiro item a ir ralo abaixo (e fazer muita falta).
Sabe aquela vontade de se trancar no quarto sozinha por 5 minutos e ficar olhando pro nada? E o que dizer da sensação de liberdade em entrar no banheiro, e cantar uma música em um inglês capenga embaixo do chuveiro sem platéia? E o simples fato de fazer suas necessidades sem ter ninguém olhando? Isso não me pertence mais.
A privacidade já é perdida no momento que o baby nasce, e você já não consegue nem tomar um banho decente, com medo dele acordar no berço e chorar.
No meu caso, eu ainda colocava uma cadeirinha para ficar de olho na Isabela, enquanto tentava tomar um banho sem cegar com a espuma do shampoo, já que tinha medo até de fechar os olhos para mergulhar a cabeça no chuveiro.

Com o tempo, as crianças cresceram, mas nada de privacidade retomada. Nananinanão. Quando tento entrar no quarto para ler em um ambiente silencioso, eu logo escuto mãozinhas desesperadas na porta, e a frase que eles mais gostam de falar: - Cadê a mamãe.
Tomar um banho completo sem platéia é quase humanamente impossível. Sempre tem alguém entrando no banheiro para contar que a irmã beliscou, ou que o Bryan jogou a almofada em mim.
Fazer as necessidades sem ninguém por perto, é item de luxo. Só consigo quando eles estão dormindo ou fora de casa. Fora isso, já experimentei me trancar no banheiro, mas a gritaria do lado de fora foi quase tão sufocante quanto o fato de não poder ter 1 minutinho para mim.

E outras tarefas mais simples, como colocar as roupas no varal, ou dobrar as roupas e guardar no armário, são sempre acompanhadas de perto pelos meus filhos. Eu mal posso sair de casa, que eles já perguntam: - Vai aonde mamãe? Posso ir também?
Dificilmente estou em algum cômodo desocupada, e sem alguma "sombra". Isabela e Bryan sempre me seguem pra lá e pra cá na casa, e não podem ficar 10 segundos sem me ver, que já saem a minha procura, como se fossem policiais a caça do bandido.
O jeito é esperar essa fase passar, e mirar daqui uns 10 anos, quando eles forem adolescente, e quiserem ter sua própria privacidade. Ah, mas eu vou amar seguir cada passo deles rs

3 comentários:

graziela disse...

Legal viu...me identifiquei e mto, rs!
Sou mãe de 2...um casalzinho cm vc...acompanho seu blog a mto tempo.....li desde o início. ..mas nunca comentei, mas esse post eu tinha que comentar,rs,rs...
Meus filhos tem 5 anos e 1 ano e 2 meses a menina,olha,costumo dizer que estou vivendo só pra lavar,passar e fazer comida,kkkk...
Ando um zumbi desde que ela nasceu...Olha menino foi bem tranquilo mas ela é do Peru viu,rs!
Parabéns pelo blog...pelo jeito cm escreve...amo...sempre venho aqui ver se tem novos posts me identifico mto,rs!
Bjsss...amo te mais...

camillapenno disse...

Oieee adorei seu blog, ainda não conhecia...já estou te seguindo bjsss

www.reinomae.com

roupas de bebe disse...

Aqui em casa é a mesma coisa, sinto muita falta daquele tempo ocisoso de fazer o que eu quero.... mas nao trocaria meu pequeno por nada, nem por todo tempo do mundo!

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